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Renascimento Histórico: Museu do Recôncavo Wanderley Pinho reabre as portas com nova narrativa e olhar para o futuro

Após 25 anos e um investimento de R$ 42 milhões, equipamento em Candeias é devolvido à população com foco na história da resistência negra e indígena.

O Recôncavo Baiano viveu nesta segunda-feira (8) um dos dias mais importantes para a preservação de sua memória. Às margens da Baía de Todos-os-Santos, no distrito de Caboto, em Candeias, o gigante acordou. O Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, instalado no histórico Engenho Freguesia (século XVI), foi oficialmente reinaugurado pelo Governo do Estado após um quarto de século de portas fechadas.

Mais do que uma reforma estrutural, a reabertura simboliza uma mudança de rota na forma como contamos a nossa história. O espaço, que antes celebrava a opulência dos senhores de engenho, retorna ressignificado, com tecnologias modernas e uma expografia sensível dedicada a dar voz e visibilidade aos povos que realmente construíram a riqueza da região: os indígenas e os negros escravizados.

Uma estrutura de ponta para o turismo cultural

O investimento de R$ 42 milhões, via Prodetur Nacional Bahia, transformou o complexo. Além do restauro minucioso do casarão de 55 cômodos e da capela, o museu ganhou um atracadouro exclusivo, permitindo que turistas cheguem pelo mar, integrando o equipamento ao roteiro náutico da Baía.

A infraestrutura foi pensada para ser inclusiva e segura, contando com acessibilidade completa (incluindo audioguia em Libras), áreas de convivência e um sistema de monitoramento com mais de 100 câmeras, garantindo conforto e proteção ao acervo e aos visitantes.

Narrativas de resistência: O novo coração do museu

Quem visitar o Wanderley Pinho encontrará um convite à reflexão. A nova curadoria, desenvolvida pelo IPAC, divide o acervo em núcleos que exploram desde a vida doméstica das mulheres escravizadas — mostrando cozinhas sem janelas onde a resistência era articulada — até salas que expõem instrumentos de suplício, não para chocar, mas para garantir que a barbárie da escravidão jamais seja esquecida ou romantizada.

Para marcar este novo tempo, o museu abre com a exposição temporária “Encruzilhadas”. A mostra reúne obras de 40 artistas brasileiros e africanos, incluindo nomes sagrados como Mestre Didi, Rubem Valentim e Pierre Verger, conectando a ancestralidade com a arte contemporânea e reafirmando o museu como um espaço vivo de diálogo.

Serviço e Informações

O Museu do Recôncavo Wanderley Pinho já está de portas abertas para receber baianos e turistas. Para conferir a ficha técnica completa e mais detalhes institucionais sobre o equipamento, você pode acessar a página oficial no Cadastro Nacional de Museus através do link abaixo:

🔗 Acesse aqui a nossa página dedicada ao Museu do Recôncavo Wanderley Pinho

  • Funcionamento: De quarta a domingo.

  • Horário: Das 10h às 17h.

  • Local: Distrito de Caboto, Candeias – BA.

  • Entrada: Gratuita.

Fotos: Foto: Manu Dias/GOV BA